quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Fera-Humana 6

Data: 29 de Janeiro
Hora: 00:21
Local: Crowne Plaza Hotel.

Depois de pouco tempo de táxi até o hotel, um dos mais próximos do aeroporto, segundo o taxista, eles haviam feito o check-in e já estavam acomodados em seus quartos. O hotel era realmente agradável. Recebera quatro estrelas em um catálogo de viagens de Denver, o que o irritava era que oito, das doze malas que carregava tiveram que ficar na Sala de Bagagens. Era bom pensar que, se descobrissem o assassino rápido, logo estariam de volta à sua amada Inglaterra.

Durante o check-in, Stanley pedira que servissem Earl Grey. Estava arrumando seu armário quando bateram na porta.

-Um minuto!-Sua voz ressoou pelo cômodo enorme. Sorriu de lado e mancou até a porta.

-Seu chá, senhor. Earl Grey.-Um homem vestido de terno lhe trouxera o chá em uma xícara de porcelana centralizada exatamente no meio de uma bandeja metálica. Stanley sorriu abertamente. Aquele era um dos seus. Colocou uma nota de vinte libras no bolso do homem, analisando-o. Sem aliança e sem marcas delas. Sua roupa estava impecável, incluindo seus sapatos que pareciam... não, não pareciam, eram novos. Ou aquele homem começara há pouco no serviço ou ele adquirira uma roupa novíssima. O homem se retirou , deixando uma dúvida na mente de Stanley. Ora, jurava que havia visto, nas roupas dos serventes, uma placa dourada com seu nome desenhado, mas não naquele senhor. Ergueu a sobrancelha e levou a xícara aos lábios, congelando em seguida.

Vinte minutos depois, Stanley e Osmond estavam reunidos no quarto do mais velho, discutindo sobre o estranho acontecimento.

-Então acha que o homem não trabalhava aqui?-Osmond perguntava, sentado em uma poltrona fofa.

-Tenho certeza de que não. Por via das dúvidas, não bebi o chá. Joguei-o na planta.-Indicou um bonsai centralizado em uma mesa de centro.-E qual não foi minha surpresa ao achar isto entre a xícara e o píres?-O olhar de Osmond iluminou-se enquanto olhava o pequeno papel com apenas uma palavra escrita em uma letra desenhada, como a de uma criança: Desista.

-E eu que pensava que seria um caso fácil. Alguém da polícia irritado com a justiça dos homens. Acho que esse caso vai ser um belo exercício mental, Stan.-O sorriso de Osmond era quase maníaco enquanto ele analisava o papel.-De manhã começamos nossa pequena investigação.

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