quinta-feira, 9 de junho de 2011

Deísmo

Certo, eu sei que faz muito tempo que não escrevo aqui, mas houveram motivos mais do que suficientes para tal. Estudos, provas, a morte de minha cadelinha e a simples falta de inspiração. Peço desculpa aos amigos que reclamaram comigo sobre a continuação de "Fera-Humana", mas é melhor não escrever por um tempo do que escrever qualquer besteira. E respondendo à outras perguntas, sim, a história tem um final prontinho na minha cabeça e sei o fim de cada personagem.

Estava deitado, prestes a dormir quando senti aquele ímpeto de escrever. Aquele que toda pessoa que desfruta dessa arte conhece. Aquela força que te leva a por seus pensamentos confusos em palavras alinhadas em uma superfície branca. Então levantei, são 01:23 e aqui estou eu, escrevendo.

Como disse no post Religião, não tenho uma religião definida. Faço uma miscelânea das coisas em que acredito. Graças a uma amiga de faculdade, Daniele, eu descobri que sou Deísta! Qual não foi minha surpresa ao imaginar que em minha "loucura" perante a sociedade eu, logo eu, tinha o mesmo raciocínio de algumas das mentes mais brilhantes da história, como Mendel, Tolstói, Benjamin Franklin, Victor Hugo e até minha musa, J.K. Rowling. Segue o link de deístas famosos da Wikipédia.

Quem me conhece sabe da minha necessidade de saber as coisas e do nível de frustração e auto-repreensão que apresento ao não saber. Até hoje não sei bem se isso é uma característica positiva ou negativa da minha personalidade, mas devem imaginar como fiquei ao descobrir isso, uns dois meses atrás. Eu nem sequer sabia da existência desta corrente de pensamento! Depois de umas horinhas me martirizando, pesquisei na internet e li tudo o que pude sobre o assunto e é ridiculamente igual a minha linha de raciocínio. Se eu tivesse nascido no século XIII, talvez eu fosse o pai do Deísmo e não Edward Herbert, já que cheguei às mesmas conclusões sem pesquisar sobre isso em parte alguma!

Alguma coisa está lá fora, alguma força vital, energia, criador, deus, isto eu tomo como fato. Só não sei se dar-lhe um gênero, pintar-lhe uma imagem e embuti-lo de uma personalidade ao mesmo tempo vingativa e perfeitamente amável é algo certo a se fazer.

Infelizmente a humanidade não é evoluída o suficente para despir-se de preconceitos e acreditar em uma força superior sem precisar ir a uma igreja todo Domingo. Na verdade é ao contrário. O que acontece é que, sem a religião, nos dias de hoje, algumas pessoas já teria perdido completamente a moral e ética necessárias em um convívio em sociedade. É duro aceitar, mas muitos de nossos cidadãos só respeitam nossa Justiça Positiva (Lei escrita) e Justiça Natual (Lei Divina) porque temem o sofrimento eterno.

Criticar as profundas bases de, não apenas uma, mas todas as religiões de que tenho conhecimento requer uma boa quantidade de coragem, pelo menos de mim. Tenho amigos no Seminário, ateus, agnósticos, espíritas, budistas, evangélicos... não quero que aqueles que um dia, eventualmente, leiam isto digam que eu critico seu Deus. Só não acredito neste Deus ao mesmo tempo terrorista e pai do ano. É, eu sou Deísta.