quarta-feira, 13 de abril de 2011

Mãe (Lágrimas no coração).

Quando diziam que só escrevemos quando estamos com problemas, eu sempre achava tolice. Mas percebo que pelo menos parte da oração é verdadeira: quando estamos com problemas, escrevemos. Bem, ao menos eu. É por isso que vim aqui, às 00:47 escrever: porque tenho um problema.

As coisas que mais prezo nas relações são o amor e o sentimento de orgulho mútuo que corre entre as pessoas. Bem, hoje, pela quarta ou quinta vez, eu quebrei o orgulho de uma pessoa. Não importa o quanto eu lute contra, eu sempre acabo no mesmo soneto: me atrapalho e decepciono as pessoas. Deve ser algo genético, não sei, afinal faço Direito e não Biologia.

Sempre que eu estou indo bem, fazendo a pessoa ao meu lado feliz e orgulhosa por meses, até anos, consecutivos, eu faço alguma merda. E pago por isso. Lá se vão mais alguns anos até conseguir a confiança da pessoa de novo e o pior é eu me perguntar: eu realmente mereço essa confiança? Mereço esse respeito? Um dia vou merecer?

A pior coisa para mim é magoar alguém que amo tão profundamente quanto amo a esta pessoa. A segunda pior é ter de ouvir o quão baixo sou e concordar com cada palavra. Ouvir dessa pessoa que ela tem vergonha de mim e que seria muito mais feliz se eu nunca tivesse nascido nem de longe é tão ruim quanto saber que a magoei e que transformei cada verdade contada ao longo desses anos em uma suposta mentira.

Acabo de perceber que é a primeira vez que escrevo com lágrimas nos olhos. Logo eu, com essa cara de malvado que faço para me proteger. É mais dificil escrever com lágrimas no coração do que nos olhos, eu acho.

Não sei, acho que não tenho mais o que dizer.

Desculpa por ser assim.

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