segunda-feira, 25 de abril de 2011

Livros.

Não sei se todos têm a oportunidade de se sentir como eu ao ler um livro. É algo tão mágico e encantador... Sinto como se, a cada página, conhecendo mais seus personagens, eu conheço mais a um amigo. É como na vida real, você nunca conhece completamente seus amigos, nem mesmo nas situações mais inusitadas. Nunca sabe, com certeza, qual vai ser a reação dele ou dela em determinada situação até que esta situação aconteça. E vamos dizer a verdade, na vida real, situações tão incríveis raramente acontecem. Acho que é por isso que gosto de ler. Conheço novos amigos e embarco em aventuras "nunca d'antes havia navegadas".

O problema é quando chega o fim. A maioria dos livros não se encaixa em uma série então ao término de um livro é muito capaz de nunca mais ver aquele amigo a que tanto se apegou. Talvez seja por isso que gosto de séries como Harry Potter e Sherlock Holmes. O fim está lá, mas sempre parece longe.

Perder um amigo, mesmo que seja literário, é uma das situações mais deprimentes pelas quais já passei. É interessante a psique humana, não é mesmo? Lemos um livro e queremos chegar ao fim para desenrolar o mistério. No meio do caminho, passamos de conhecidos (os personagens e o leitor) a amigos. E no fim, no último capítulo, sentimos um remorso incrível por já ter acabado a história. Estou falando na primeira pessoa do plural mas nem sei se outras pessoas se sentem assim ou se eu que sou doido mesmo. Doido ou não, é uma sensação das mais impressionantes.

Tem gente que prefere os filmes. Tem gente que chega ao cúmulo de esperar o livro ser comprimido pelo cinema para se interessar pela história nele contada. Tem gente que mesmo após ver o filme e gostar, recusa-se a ler o maldito livro! Mas tanto faz, não estou aqui para criticar, apenas analisar.

Quando leio um livro e esse livro vai para as telonas, meus sentimentos são contraditórios. Sinto-me feliz ao saber que meu amigo vai passar mais algum tempo comigo e ao mesmo tempo deprimido porque, convenhamos, a maioria das adaptações do cinema deixam muito a desejar. às vezes acabam corrompendo o personagem... o amigo! que você tanto conhece e a quem tanto admira!

Ainda tem a pequena vantagem de, se você cansar daquele amigo, pode parar de ler (o que acho um crime). Também pode reler, se sentir sua falta! Bem, quem pode fazer isso na vida real? Guardar o amigo no bolso e falar com ele quando estiver com paciência ou então voltar o contato direto depois de muito tempo de distância?

Cachorros são bons, mas os livros é que são os melhores amigos do homem.

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